VOCÊ ACHA QUE ARTES MARCIAIS DEVERIA SER APLICADA NAS ESCOLAS PUBLICAS E PRIVADAS?

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Fernando Matsunaga - Grande representante do JKD no Brasil

Amigos marciais não poderia deixar de falar da História desse grande guerreiro, um exemplo de dedicação e superação em sua jornada marcial.
Cientista Marcial - é como prefere ser identificado em sua função, embora muitos o considerem mestre ou professor, Fernando Matsunaga vê seu trabalho como um processo de critérios científicos e, portanto, percebe que seu papel está mais relacionado ao de cientista da arte marcial. Iniciou sua trajetória em 1988, conhecendo e praticando diversas artes marciais ao longo dos anos. Deu extrema importância à investigação dos princípios humanos de conservação e reação em situação de confronto real. Nasceu  em 1982, no estado de São Paulo, SP/ Brasil. Seu  interesse nas Artes Marcial começou desde cedo, aos 7 anos já entrou em uma academia de Karatê Kyokushin,onde praticou ate sua faixa verde. Não demorou muito se tornou um praticante de Kung Fu, tendo a honra de passar uma longa fase treinando diretamente, tanto com o Mestre Amaral, como todos os seus discípulos da época. A ênfase técnica estava no estilo Louva-a-deus, porém todo mês tinha cursos intensivos de outros estilos como: Hung Gar, Zui Quan, San Tien Kwan, Sanda, Wu Shu, e outros de toda a atmosfera da arte. em 2002, começou a treinar Wing Chun e teve a honra de estar entre os mais renomados nomes da arte. Foi  aluno do Mestre Edy Freire, discípulo direto do Mestre Li Hon Ki (Applied Wing Chun), no qual descende diretamente do famoso Grão-Mestre Duncan Leung (Discípulo do Mestre Ip Man). Em 2003, cada vez mais empolgado com os treinos de Wing Chun, fez um paralelo entre a arte e a Luta Filipina, dentro do próprio sistema. Tudo acontecia na Academia Liberdade em SP, nesse período ele já estava praticando 3 artes marciais ao mesmo tempo! Wing Chun, Luta Filipina e Hapkido e sem esquecer a faculdade.
Um verdadeiro guerreiro e dedicado cientista marcial . Continuando sua jornada e a  busca pelo aprimoramento em autodefesa Fernando focou sua atenção na  Ciência Kombato do Mestre Paulo Albuquerque. (www.kombato.org),  e em 2007 tive a honra de obter aulas particulares e treinamentos com ele e seu discípulo Mestre Richard Clarke (Kombato RJ / MasGuru Kali Silat Brasil). 
Depois disso veio mais e mais descobertas e oportunidades em sua jornada marcial, como :
->Treinos de MMA e Jiu-Jitsu na Macaco GoldTeam, do Atleta e Mestre Jorge Patino ->Aulas com o Mestre Behring
->Mestre Ivan Ferreira, no qual era 1Dan em BJJ (Brazilian Jiu-Jitsu), 2Dan de Karatê e estava se graduando em Muay Thai Boran Ele morava no mesmo prédio que eu e sempre via eu realizando aulas, até que uma vez me abordou e nisso nos tornamos amigos / parceiros de treinos. Ivan queria muito unir o conhecimento que ele tinha com o meu e nisso formarmos uma Categoria Marcial própria. Após 1 ano trabalhando, treinando e organizando todos os dias a metodologia de nosso estilo, criamos em 2009 o KANJITSU - Inteligência Marcial. 
Em Novembro de 2010 sofreu um grave acidente de moto e ficou por 6 ano afastado dos treinos completamente e demorou 3 anos para recuperação total (em 1 ano estava treinando, mas limitado da lesão). Rompeu todos os ligamentos do Joelho (LCA - LCP), menisco deslocado, clavícula afundada e músculos do ombro rompidos. O mais difícil foi recuperar os movimentos básicos da perna, foi um ano inteiro dedicado à fisioterapia. Como não podia treinar e estava me recuperando do acidente, cai de cabeça nos estudos relacionados à diversas áreas como Direito, Filosofia, Biologia, História e Ciências Exatas. 

AGORA MAIS UM TRECHO DE SUA VIDA CONTADA PELO PRÓPRIO FERNANDO MATSUNAGA

"2012 foi o ano que conheci o Mestre Shawn Zirger, discípulo do Mestre Dan Inosanto no Canadá. Fui em uma viagem para formação curricular no Inglês e nisso fiquei 2 meses no país para estudos. Aproveitei para conhecer as academias de JKD e encontrei a FAC - Fighting Arts Collective em Toronto. Aproveitei ao máximo o tempo que estive treinando, além de JKD, fiz treinamento de Kettlebell, Inosanto Kali, Submission e Boxe. Todos os dias treinava firme e anotava todas as técnicas que aprendia. 



Meu contato com o JKD  começou através de livros enquanto ainda praticava Kung Fu, frequentando diversas livrarias e encomendando a maioria. Em minha época não tínhamos os recursos que temos hoje e tudo era feito em VHS ou Livros. Durante muito tempo estas foram minhas ferramentas de estudo, enquanto praticava as modalidades para entender a forma antes de chegar ao JKD e sentir a arte com propriedade. Depois vieram as versões VCD e através delas pude estudar melhor em vídeo-aula. No Brasil, um rapaz chamado Jin Gun Jen, conseguia uma grande quantidades de vídeos de JKD, FMA, e todos os gêneros marciais. Por mais que alguns critiquem a idéia de treino por vídeo, eu considero algo muito bom e que contribui no desenvolvimento. Claro que não apenas treinar por vídeo, mas possuir o máximo de material, seja em vídeo ou em livros, está muito mais relacionada à postura de estudante-cientista marcial. 
Em JKD considero essa atitude muito mais importante do que depender de um local específico, em razão deu ver a arte como um caminho muito pessoal e auto-observativo. Nesse caminho sem trilha, fui melhorando minha quantidade de materiais e compreendendo cada vez mais a atmosfera da Arte sem forma. Conheci instrutores de JKD, uns com pensamento similar, outros com abordagem diferente da minha, mas que contribuíram para a ampliação e maior consciência de outras maneiras de encarar a filosofia. Em realidade, sempre fui muito chato com a questão Jeet Kune Do, pois sempre fui daqueles que considerou a arte algo que só Bruce Lee sabia e nisso morreu com ele. Então imaginem como eu via com desconfiança as escolas de JKD e alguns Instrutores institucionalizados. Conhecendo outras visões e vendo a diversidade que a arte pode ter realmente, fiquei mais flexível em relação alguns grupos...porém outros considero abusarem do nome e pouco se importarem em honrarem a arte com coração. Minha crítica nessa questão alcança até quem tenha treinado com Bruce Lee, pois não sou como a maioria que considera qualquer pessoa que tenha feito aulas com Lee (que não foram poucos), como militantes da arte ou mesmo que tenha, apenas pela "magia" de estar ao lado de Bruce, adquirido total compreensão.  Pouco dou valor ao status ou considero mais quem seja famoso. Arte Marcial em realidade não depende disso e podemos encontrar nos mais simples locais, a surpresa de um forte treino. Quando iniciei meus treinos com Sifu Shawn, me impressionei com sua simplicidade e sabedoria sobre a arte do JKD. Tive a sorte de treinar em uma época que poucos estavam presente e nisso recebi atenção quase particular. Sifu Shawn ampliou minha compreensão do Jeet Kune Do e muito sobre o Combate Armado Filipino. 
Quando voltei ao Brasil, me concentrei em lapidar o que havia aprendido de novo e aumentar a capacidade técnica de meus alunos. Além disso, vivenciar a arte do JKD de forma simples e profunda na vida. Não apenas se preocupar com o melhor desempenho em combate, mas também na Vida. 


Nessa mesma época comecei os treinos de MMA e Jiu-Jitsu na Macaco GoldTeam, do Atleta e Mestre Jorge Patino, que na época possuía sua famosa unidade, Cancioneiro Popular, ao lado do shopping Morumbi em São Paulo. Lá pude experimentar, pela primeira vez, o mundo dos atletas de MMA e grandes nomes do Jiu-Jitsu de perto. Tive aulas com o próprio Macaco, em suas puxadas aulas de MMA ao 12h, onde eu...franguinho, tentava acompanhar o ritmo dos caras. Só tentava rs. Na unidade também pude conhecer e ter aulas com o Mestre Behring todos os dias as 7h da manhã, mas meu real desenvolvimento na arte, ocorreu pelas mãos um amigo em especial, no qual me ajudou em diversos momentos difíceis e me mostrou o Bjj ensinando de irmão pra irmão. Marcelo Necchi era mestre em TKD e faixa roxa de Jiu-Jitsu, quando começou a me ensinar a arte e me colocou na turma de graduados. A turma era conduzida pelo Mestre Junior "Alfinete" formado pela Cia Paulista. Os treinos aconteciam todos os dias das 23h às 1h da manhã. Havia apenas eu e mais 2 de faixa branca, o resto todos graduados de roxa em diante e confessor que sofria, mas foi onde aprendi a dura realidade dos "rolas" brutos. Conforme o tempo fui sentindo confiança em voltar aos treinos e quando percebi meu corpo estava respondendo, mais do que imaginava que responderia, pois até meu Ortopedista dizia ser meu caso atípico e ele mesmo considerava incrível eu conseguir estar chutando em tão pouco tempo. Mesmo assim, confesso que nunca mais meu corpo foi o mesmo depois do acidente e certas limitações acompanham a vida toda. "

Quer ver imagens sobre essa trajetória e acompanhar o trabalho desse grande profissional é só acessar: http://www.flexibletiger.com


 

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